domingo, 12 de setembro de 2010

Tempo




Acredito que a tendência dessa nossa Era é ter cada vez menos relacionamentos ou relacionamentos menos duradouros, não sei bem o porque, acredito que o avanço tecnológico dando mais acesso a informações novas todo o tempo faz com que a vida se transforme em uma corrida.

Relacionamentos não são corridas a ser ganhas, pelo contrário, quanto mais lento for o processo, mais conhecimento sobre o outro, mais afinidade, mais pluralidade vai haver.

É tanta informação o tempo todo, que parece que quando você pisca um acontecimento novo surge, e acredito que essa velocidade toda acaba nos dando uma pressa sentimental, e a pressa nos traz inconsequência, assim como no exemplo de casamentos relâmpagos, casa no primeiro dia, ama no segundo e separa no terceiro dia.

Às vezes eu queria ter um tempo só pra mim, pra pensar, para só refletir ao invés de agir, porque o novo mundo nos exige cada vez mais ações por minuto e o tempo se torna um fator decisivo.
O tempo se torna tão precioso que quando podemos ouvir nossos pensamentos eles se transformam em sabedoria com uma preciosidade incrível.

Admiro casais que estão anos e anos juntos, casamentos duradouros, onde o tempo se transformou em uma família constituída e saudável.
Sempre desejei ter uma namoradinha ao longo dos anos que se transformasse em noiva e mais tarde esposa e mãe dos meus filhos, mas o tempo que isso leva é o mesmo tempo que vai me dar milhares de informações ao mesmo tempo e vai me fazer tomar decisões precipitadas (não no mundo de hoje, mas no mundo de ontem sim, porque o precipitado no mundo de hoje se tornou o processo correto de ação).

Assim como a minha parceira provavelmente tomará decisões tão precipitadas e impulsivas, que vão fazê-la perder o melhor da vida, que é o tempo que se passa junto, que é o silêncio que existe na batida do coração e a capacidade de ouvir o pensamento e a emoção.

5 comentários:

  1. A grande realidade é que isso é uma treta, e toda a gente sabe-o...
    Não há amor durante mais do que três anos, isso é o tempo que a substância no nosso cérebro dura, depois... Desaparece... Depois fica a afinidade que cada pessoa tem pela outra, os contos da Cinderela não existem porque o ser Humano não é monogâmico, nós somos poligâmicos apesar de tentar-mos não o ser.
    A única diferença entre hoje e antes é que antes, as pessoas não sabiam o que é que a sua cara metade andava a fazer (e portanto era muito mais fácil trair sem se descobrir), hoje em dia com a facilidade de obter informação as pessoas nem estão para ter trabalho a "limpar" o seu rasto e portanto dizem "foda-se para isto" e terminam a relação para poderem andar a ter mais relações e de preferência diferentes da anterior... pensa nisso... Já agora, desculpa por te ter destruído o sonho da Cinderela...
    O que tu tens é uma dissimulação da realidade que é algo comum na maioria dos jovens que foram protegidos da realidade, porque, ouvem muita musica de amor, vêem muitos filmes em que os casais se amam para sempre, a realidade... a realidade dava um filme de acção e não de romance...

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  2. Bom... mas se ainda resta a afinidade, então isso também não seria no seu conceito uma forma de conto de fadas? Porque a afinidade é a base de qualquer relacionamento... se isso faz o relacionamento durar... então essa afinidade pode ser chamada de amor, nomes são apenas denominações... mas pra mim essa afinidade que você diz que resta... eu chamo de amor. E pra mim isso que conta... shuahsuahs'

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  3. A afinidade que é sentida por um casal passado tanto tempo não é amor, é... amizade... é a mesma afinidade que tu tens com um amigo que conheces desde que és um jovem... E no entanto tu não amas o teu amigo... simplesmente tens uma forte afinidade com ele... ;)

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  4. Então é o mesmo que dizer que você não pode amar um amigo(a) e isso é possível. Amizade é outra palavra pra amor, amor é uma palavra que denota afeto em níveis diferentes, eu posso amar minha mãe, minha avó, meu tio, minha prima, minha irmã, minha amiga, meu amigo, minha namorada, até mesmo um colega ou um animal e continuar sendo amor. A afinidade que você diz sentir, continua sendo amor... afinidade pode ser amor... só que em uma escala de sensação diferente, assim como paixão e até mesmo a raiva. rs.

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  5. Você não deve se limitar muito aos termos gramaticais quando se fala de sentimentos, então amplie sua sabedoria para entender que não estamos falando de palavras e sim de sentimentos, e a ciência não prova absolutamente nada, porque a ciência é mutável, assim como a terra já foi dita achatada, quadrada, esférica e agora oval, logo a ciência nunca será uma verdade e sim uma eterna teoria daquele limitado conhecimento.

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